ILUMINÂNCIA

Carl Sagan em seu livro "Mundo assombrado pelos demônios", relata algo que pode ser a explicação pelo non sense do eleitor brasileiro frente a corrupção: "Se somos enganados por tempo suficiente, tendemos a rejeitar qualquer evidência de nosso engano. Não temos mais interesse em descobrir a verdade. O engano nos dominou. É demasiado doloroso admitir, mesmo para nós mesmos, que fomos capturados. Uma vez que você dá poder sobre você mesmo a um charlatão, é quase impossível recuperá-lo."

quarta-feira, fevereiro 28, 2007



Angeli genial mais uma vez!

quarta-feira, fevereiro 21, 2007




Problema de segurança pública ou conivência politico-partidária com o crime, com aquela máxima da rebeldia dos menos favorecidos devido a opressão história?



CLÓVIS ROSSI - Comemorando o crime - FDSP hoje


SÃO PAULO - Digamos que tenha havido, na sua cidade, em meros três dias, uma seqüência de 41 assaltos a ônibus, 17 deles no formato de arrastões praticados por grupos de até 30 homens armados. Você, provavelmente, mesmo que não tenha sido vítima direta de nenhuma das ocorrências, ficaria indignado, assustado, amedrontado ou uma mistura de todas essas emoções. Bom, se você teve uma reação normal, azar seu: está eliminado de qualquer possibilidade de, algum dia, candidatar-se ao cargo de comandante-geral da Polícia Militar, ao menos na Bahia. Sim, porque, na capital baiana, durante o Carnaval (e até a tarde de segunda-feira), ocorreram de fato 41 assaltos a ônibus, 17 deles tomaram de fato a forma de arrastões -e ainda houve o apedrejamento de 187 ônibus. Como se fosse pouco, um passageiro foi jogado pela janela do ônibus em movimento e está internado com ferimentos graves. Muito bem. Qual a reação do comandante-geral da PM, coronel Antônio Jorge Santana? "Só temos a comemorar", afirmou o coronel, segundo o relato de Luiz Francisco, da Agência Folha em Salvador. O comandante ainda acrescentou: "Estamos com uma polícia atuante, trabalhando equipada com celulares, câmeras e helicópteros, para trazer mais segurança e tranqüilidade para o folião baiano e turistas". Ah, o número de ocorrências registradas em três dias (até domingo de manhã) havia sido de 1.280 (uma a cada três minutos). Se essa é a noção de "polícia atuante", se essa é a noção de "segurança e tranqüilidade", se 41 assaltos a ônibus são motivos para comemorar, é porque as autoridades brasileiras perderam completamente o rumo. Ainda bem que hoje é Cinzas, e Cinzas não dá motivos para mais "comemorações".
crossi@uol.com.br



BARBARA GANCIA


Lula e a lei do mínimo esforço


É mais fácil culpar a sociedade do que fazer autocrítica sobre as conseqüências do mensalão
O RIO DE JANEIRO nem bem se recuperou da barbárie cometida contra o menino arrastado até a morte e outro crime chocante, o assassinato de três franceses que trabalhavam em uma ONG, já tomou o lugar no noticiário.São Paulo nem bem se recuperou da chacina do último fim de semana e já foi surpreendida por um assalto a banco seguido de tiroteio em uma das principais vias da capital.Nem mesmo as autoridades têm sido poupadas da violência. Três ministros de Estado já estão na lista das vítimas: Márcio Thomaz Bastos teve o carro roubado, Luiz Gushiken, o sítio assaltado, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi refém de bandidos em um sítio de Ibiúna durante o Carnaval. Isso, sem contar o secretário municipal Andrea Matarazzo, que teve o Rolex surrupiado enquanto passeava pelos Jardins, e os seguranças dos filhos, respectivamente, do ex-governador Geraldo Alckmin e do presidente, um baleado e o outro morto.Há coisa de três anos, meus pais foram acordados em casa com armas apontadas para a cabeça. Depois da invasão, veio a perícia. O pessoal entrou, espiou, pediu desculpas por não poder colher as digitais por falta de material e foi embora para nunca mais voltar. Até hoje o caso não foi solucionado.Pois eu pergunto: o que se pode esperar de uma polícia que não tem meios para colher digitais?Mas a violência não parece tirar o sono do presidente Lula. Em vez de dar uma resposta concreta à sociedade, ele prefere tergiversar e nos ofender com suas banalidades.Diz ele que "pode botar dez vezes mais polícia na rua e o problema da violência não se resolverá, porque muitas vezes ela é uma questão de sobrevivência".Cuma, senhor presidente? Prefiro não dignificar a segunda parte do seu comentário com uma resposta a fim de não ofender os neurônios do meu leitor. Fiquemos apenas com a parte sobre o aumento do contigente policial. Quem disse que a gente espera que a questão seja resolvida com mais polícia na rua? Bastaria que a que já está aí fosse informatizada, equipada e melhor remunerada.Mas eu entendo, presidente. É muito mais conveniente culpar a sociedade do que fazer uma autocrítica sobre o sentimento de impunidade gerado pelo escândalo do mensalão. Muito mais fácil atrelar a violência ao fraco desempenho da economia em governos anteriores do que peitar a Igreja, que força mulheres pobres a conceber filhos indesejados, não é mesmo?

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

A saga do emprego que não existe no governo Lula.
Hoje fui visitar uma daquelas outplacement. Sempre peço para não chamar à toa.
O artifício é o mesmo. Iremos divulgar seu curriculum entre empresas médias e multinacionais, para isso, voce deve morrer com 3000 reais mais 60% do primeiro salário, por ano.
Agora imaginem quando o vendedor destila as historinhas de sucesso e ofereçe algo incompatível com o seu curriculum. Credibilidade zero.
Tem gente que paga.
A vaga, que vaga?.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

BANCO ITAU FEITO PARA VOCE!
Isto é dito no merchand.
A realidade é um pouco diferente.
Os seguros são mais caros, NEM TENTE NEGOCIAR, A RESPOSTA É METÁLICA, O BANCO NÃO NEGOCIA.
Voce não consegue pagar titulos pela internet em função do valor. NEM TENTE QUESTIONAR, A RESPOSTA É SECA, O BANCO IMPÕE LIMITES.
Mesmo pagando tarifas carissimas.
E o cartão de crédito?. Cobram 64 reais por um nacional "sem ar e direção". BASTA PROCURAR EM QUALQUER OUTRO BANCO, A MESMA BANDEIRA E CUSTO ZERO.
E tentei agendar um pagamento neste carnaval e o serviço em pane afirmava que o dia 20 era igual ao dia 16.
E os problemas não param.
O ITAUTRADE só permite aplicar metade do valor em conta corrente em bolsa.
Afinal,
QUEM PRECISA DE UM BANCO ASSIM?

Minha posição sobre a violência.

Pena de morte – Sou favorável desde que as provas sejam irrefutáveis em casos como o do menino e de Bragança. Com certeza inibiria o marujo de primeira viagem.
Também favorável à eutanásia, a pessoa mesmo pressionada pela circunstância, desde que avaliada pelo psiquiatra, tem pleno direito a sua vontade extrema, não sendo muito diferente do suicídio.
Também favorável ao aborto no processo de separação celular e casos de estupro e risco a gestante.
Prisão perpétua – Sou favorável. E trabalhando na fabricação de colchões, escovas, chinelos, roupas a serem usados em todo sistema carcerário. Inclusive pátios agricolas cercados.
Descriminação das drogas/Consumo de drogas – Totalmente contra. Existe um factoide de melhor controle e enfraquecimento do crime organizado. Com certeza os traficantes diminuiriam o preço para conviver no "mercado" e provavelmente, plantações de outros paises migrariam para cá, com o silêncio da autorizadas seduzidas pelo dinheiro sem origem. Só existe tráfico por conta da existência de consumo, entre ricos e pobres e a conivência da segurança pública dos governos.
Maioridade penal aos 16 - Ouvi e li muito a respeito. É válido o argumento de que não a idade óssea, mas mental, deveria ser avaliada. O sujeito tem diversas encruzilhadas para manter o carater. Para evitar ser seduzido pelo bem, este foge da escola e inventa desculpas sobra a vida dura. Curiosamente, várias pessoas humildes que venceram na vida, optaram por um caminho diferente da facilidade do crime. O estado é culpado primário em todo o processo. Planejamento familiar é fundamental. Infelizmente nascem mais Champinhas que Mozarts, aliás, alguém, conhece algum?. Pagodeiro não vale.
Período de internação - No caso dos ditos menores, 5 anos de ressocialização em ambiente fechado com trabalho, agricultura e estudo. Sairiam apenas com segundo grau completo e habilidade manual em qualquer área. Incentivos fiscais as indústrias seriam bem vindos.
A administração dos locais ficaria a cargo de um grupo formado pela dita esquerda tupiniquim, anistia, direitos humanos, cnbb e oab. Seria proibido temas ligados ao MST, MSLT, FARCS e outras coisas similares, intimados a seguir a LDB vigente.
Aqui, pode-se acompanhar a questão no Reinaldão.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

DEBATE ENERGETICO.

Usinas nucleares são a solução?.
Na banânia nunca serão.
Entenda os singelos motivos:
1. corrupção
2. falta de investimento em m.o.
3. descaso no gerenciamento da coisa pública
4. presidente apedeuta no momento ou ad eternum

Nosso amigo blogueiro orfeu acredita em usinas nucleares, eu não.
Acompanhem as opiniões no Reinaldão aqui.

sábado, fevereiro 10, 2007

SINDICALISMO TUPINIQUIM

INTRODUÇÃO

O sindicalismo gera um contraditório e isto necessita acabar. A existência do sindicato está condicionada a contribuição OBRIGATÓRIA de 1 dia de serviço cobrada DE TODOS OS TRABALHADORES. Assim, todos os acordos, beneficiam a todos. A entidade sindicato deve gerir esta verba como qualquer outra empresa privada, despesa=receita. A entidade sindicato pode aceitar sócios e pode oferecer serviços diferenciados, desde que em contabilidade separada, novamente, despesa=receita. A cobrança de taxas extras é imoral e ilegal, visto que o trabalhador não tem acesso a votação de dirigentes e fiscalização da gestão dos recursos dentro do sindicato. Findo o problema.
Entendam o porquê aqui.

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

IBGE divulga criação de empregos mensal na faixa de 50 mil vagas.
Governa alardeia criação de 8 milhões de empregos.
Inclusão cresce!.
Pobre virou classe média!.
Agora posso comprar carne!.
A verdade parece ser outra.
Leiam, mas não chorem antecipadamente por seus filhos.
O cenário abaixo só piora com o populismo atual, cujo único beneficiado são aqueles cuja renda sobre 179% descontada a inflação, por exemplo, em 4 anos.
Mas mesmo assim muitos não acreditam, preferem acreditar em duendes que erram ou alopram ou foram corrompidos pelas zelites rancorosas.
Mas enriquecem.
Sem emprego, diplomados recorrem a venda nas ruas

Pesquisa aponta queda na diferença de renda entre formais e informais

CAROLINA RANGEL COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Recém-formado em processamento de dados, Kalil Diab Kalil Neto, 22, desistiu de procurar emprego em sua área para ser um dos 5.000 camelôs da feira da madrugada na rua Oriente, no Brás (zona leste).Neto, que é dono de uma banca, diz ganhar cerca de R$ 2.000 por mês -esse faturamento se multiplica em datas comemorativas, como o Natal.Ele tem como colaboradores a namorada, graduada em biologia e que trabalha durante o dia na Faculdade de Medicina da USP, e um primo de 19 anos.Ao longo do curso superior, fez estágios, mas não conseguiu emprego depois de se formar. "Não pretendo procurar mais vagas. A feirinha é muito boa [em termos financeiros] para a gente", acrescenta ele, que vai trabalhar com carro próprio e não reclama de sua jornada diária, que vai das 3h30 às 7h30.Neto faz parte do grupo de 44,9% da população economicamente ativa das metrópoles brasileiras no trabalho informal. Esse dado é resultado de uma pesquisa divulgada no fim de 2006 pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), ligado ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.Segundo o estudo, a diferença de renda entre trabalhadores formais e informais caiu de 198% para 122%, entre 1992 e 2004. "A queda está relacionada à baixa inflação e à desvalorização do dólar, fatores que facilitam a importação e a comercialização de bens", avalia Lauro Ramos, economista do Ipea."Alternativa legítima" Outro diplomado que virou camelô da madrugada no Brás é o locutor de rádio e jornalista Edson Augusto da Costa, 26.Apesar de ter uma pequena empresa de comunicação para prestação de serviços, Costa obtém o retorno do dinheiro investido na faculdade de jornalismo, na qual se formou no final de 2005, com o trabalho na feira. Fora da alta temporada, ele diz faturar em média R$ 3.000 por mês. Assim como Neto, o jornalista não pretende abandonar o trabalho na rua. "A profissão de camelô é uma alternativa legítima para sobreviver", comenta. Sua mulher, formada em nutrição, também é dona de uma barraca na feira da madrugada.Ambos os exemplos pincelam uma situação que tende a se tornar cada vez mais comum, segundo o sociólogo Francisco José Ramirez, cuja dissertação de mestrado, defendida na Universidade de São Paulo, foi sobre a vida dos camelôs no centro de São Paulo."Há 20 anos, o diploma significava estabilidade e boa renda. Hoje, com as dificuldades de entrar no mercado formal e a expansão desordenada de universidades, é cada vez mais comum encontrar pessoas qualificadas nas ruas", compara. Para ele, o trabalho de camelô, visto pela sociedade de forma marginalizada, é uma opção a quem precisa sustentar a família e, por isso, decide enfrentar os perigos das ruas e uma jornada exaustiva de trabalho.

Sim, voce está lendo corretamente, mais uma vez, somos alvo de chacota internacional, claro, tudo inveja das elites rancorosas e invejosas.
Brazil's Congress - 'Parliament or pigsty?

Feb 8th 2007 - From The Economist print edition

IT MAY be one of the world's largest and most unruly legislatures, but presiding over the lower chamber of Brazil's Congress is a powerful and much-prized job. On February 1st, after a bitter campaign, in which three candidates variously invoked the heroes of Brazilian independence, famous abolitionists and Moses, the post went to Arlindo Chinaglia, a congressmen from the ruling Workers' Party (PT). History, having been invoked, will judge him on whether he restores the institution's reputation, which is at rock bottom.…
Leia mais com Big Sonia!

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

DOAÇÃO URGENTE!!!!!!!!!!


Pessoal,

Quem tiver condições e puder adotar um filhote de Weimaraner, façam essacaridade, pois, caso contrário, os coitadinhos serão sacrificados. Aqueles que não podem ou não querem, favor encaminhar o e-mail ao maior número de pessoaspossível.São muito lindos!! (veja os anexos!)É doação, paga-se apenas R$ 50.00 da vacina.Lembro apenas que se ninguém os quiser, eles serão sacrificados.Contatos nos seguinte endereço:drm.m@terra.com.br

Obrigada,

Juliana.

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Amo este artigo. Retrata de forma fiel o inconsciente ainda não despertado do zé cartão, tipico cidadão brasileiro, alguns preocupados com seus umbigos, até em razão da fome, outros usando a lei de gerson em sua mais pura essência.

A Igreja PT S.A.

Técnico da Seleção acha que o único objetivo das últimas determinações da Fifa é prejudicar o Brasil para agradar aos dirigentes dos principais clubes da Europa. 'Para que mais seria?', questiona.
Uma das razões do sucesso do PT como partido político é a hibridação que deu a sua organização, a qual combina os interesses materiais do bolso com os interesses financeiros do espírito - ou
vice-versa. Para gozar ao mesmo tempo das bênçãos e das vantagens oferecidas pelo partido, seus afiliados comprometem-se a pagar uma contribuição mensal que vai, segundo o noticiário, de 2% a 20% de tudo o que recebem em cargos públicos para os quais são nomeados.
Calcula-se entre 15 mil e 20 mil o número de cargos de segundo e terceiro escalões só no âmbito do governo federal. Mas essa contribuição alcança também senadores, deputados e vereadores e
demais cargos públicos obtidos pelos afiliados ao partido. Essa corretagem de agência de emprego recebe o nome de "dízimo", designação eclesiástica, que imprime um caráter religioso à obrigação.
O que vale dizer que quem não a cumpre não é apenas inadimplente de mera obrigação financeira, mas um pecador e um infiel. É o caso, por exemplo, da senadora Heloísa Helena, que deve R$ 28.345,00, ou computando-se juros e juros sobre juros, R$ 41.753,00 de dízimos ao
PT. Segundo o direito canônico, isso é pecado mortal que pode levar ao inferno...
Tal tipo de organização constitucional embute conseqüências práticas formidáveis e engendra resultantes subterrâneas e metastásicas que motivam muitas das misteriosas posturas assumidas pelo partido, suas lideranças e seus afiliados.
A primeira é o potencial de fogo financeiro de que dispõe para seu marketing eleitoral. É duvidoso que qualquer outro partido nacional disponha de reservas para enfrentar a caixa do PT. A segunda é que o "fiel" petista está sujeito a um confisco de renda maior do que vai os 36,45% a que está sujeito um cidadão-eleitor-contribuinte comum, confisco que pode absorver mais de metade de sua renda bruta. A terceira é que, afinal, queira e saiba, ou não se saiba nem queira, quem paga esses custos é todo cidadão brasileiro, seja petista ou não, pois quem paga os proventos dos afiliados do PT nomeados por sua agência de empregos somos todos, afiliados ou não.
Por aí se entendem macrofatos, como o do funcionalismo público em geral optar preferencialmente pelo PT e o PT ser o partido do funcionalismo.
Entende-se que o presidente petista da Câmara considere necessários os aumentos que os deputados se autoconcederam com calorosa adesão dos petistas. Fica-se sabendo que as dissensões entre Heloísa Helena e PT não são meramente ideológicas nem de mera inadimplência, mas de pecado. E assim por diante. Pode-se indagar se essas relações incestuosas entre o partido e seus afiliados não contrariam a ortodoxia da política financeira que interessa ao País e o governo parece haver adotado. Bisbilhoteiros e partidários do "materialismo histórico" e das teorias conspiratórias da História poderão formular muitas outras questões indiscretas e intrigantes.
Por exemplo: até que ponto essa anomalia estrutural do PT virá a influenciar a postura de seus líderes e bancadas quando se tratar de fazer a reforma política. Fatos são fatos. Um fato magno, revelado pela reportagem que tomou metade da página 4 do JT de 9 de março (cujas informações lastreiam este artigo), é que a vitória política de Lula significou um substancial progresso financeiro para os cofres do PT, aumentando seu arsenal para a corrida política de 2004 (e de 2006) e permitindo-lhe ampliar o número de diretórios e reestruturar cerca de 90% dos que já possui nos 5.658 municípios brasileiros, começando por informatizá-los, e desencadeando uma campanha nacional de afiliação. Duda Mendonça terá mais trabalho e novos contratos.
Em julho será constituído um Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) com vistas a garantir sucesso eleitoral petista em cada município. Como diz Genoino, tudo "isso custa dinheiro". "Vamos construir um projeto para explorar mais a marca PT, mesmo do ponto de vista comercial", acrescenta. Mas dinheiro é o que não falta. A previsão de arrecadação do partido para este ano é de R$ 104.262.917,00 - um aumento de 78% com relação ao ano anterior. Maior que as verbas somadas de numerosos órgãos governamentais de primeira linha. Quiçá de todo investimento no Programa Fome Zero.
Considerando-se que o PIB brasileiro não aumentará mais do que uns 2% no ano, o PT é uma das únicas coisas que crescem economicamente no País, graças às contribuições de todos os cidadãos, que pagam os tributos que pagam seus afiliados que financiam a caixa do partido. Assim, o PT é mais um dos drenos ocultos instalados em nosso bolso.

Benedicto Ferri de Barros é da Academia Paulista de Letras e da Academia
Internacional de Direito e Economia e ator de "Que Brasil é Este? - Um
Depoimento (Editora Senac) e-mail: bdebarros@sanet.com.br

domingo, fevereiro 04, 2007



Reinaldo Azevedo encontra a definição perfeita da esquerda tupiniquim em seu artigo da VEJA, pág. 86, desta semana.
Mencionando Monteiro Lobato em Urupês - R$ 21,90 na FNAC, este nos fornece um retrato do Jeca Tatu:
-Este funesto parasita da terra é o caboclo, espécie de homem baldio, seminômade, inadaptável à civilização, mas que vive à beira dela, nas penumbras fronteiriças.
À medida que o progresso vem chegando com a via férrea, o italiano, o arado, a valorização da propriedade, vai ele refugiando em silêncio, com o seu cachorro, o seu pilão, a pica-pau e o isqueiro, de modo a sempre conservar-se fronteiriço, mudo e sorna. Encoscorado numa rotina de pedra, recua para não adaptar-se.
Impressionante a similariedade entre o jeca tatu e o dito esquerdista mais xiita, de todas as raças e credos, que povoa nossos mais intimos pesadelos cotidianos.
Talvez uma nova raça: Homo Jeca Tatu Apedeuta Politicum Popularens.
Dicionário oportuno.
baldio:
adj.,
maninho;
inútil;
sem proveito;
s. m.,
terreno inculto;
pasto comum para gado miúdo.
sorna:
do Cast. sorna, tardança velhaca
s. f.,
indolência;
preguiça;
soneca;
manha de velhaco;
gír.,
cama;
s. 2 gén.,
pessoa preguiçosa, indolente por manhosice;
adj. 2 gén.,
maçador, impertinente;
indolente, preguiçoso.
encoscorar:
v. tr.,
tornar duro como cóscoro;
int. e refl.,
encrespar-se;
encarquilhar-se.
cóscoro:
s. m.,
endurecimento;
encrespamento de um tecido que, depois de molhado, se deixou secar;
casta de uva branca do Douro;
adj.,
endurecido;
rugoso;
encrespado.