ILUMINÂNCIA

Carl Sagan em seu livro "Mundo assombrado pelos demônios", relata algo que pode ser a explicação pelo non sense do eleitor brasileiro frente a corrupção: "Se somos enganados por tempo suficiente, tendemos a rejeitar qualquer evidência de nosso engano. Não temos mais interesse em descobrir a verdade. O engano nos dominou. É demasiado doloroso admitir, mesmo para nós mesmos, que fomos capturados. Uma vez que você dá poder sobre você mesmo a um charlatão, é quase impossível recuperá-lo."

sábado, outubro 20, 2007

"vamos matar, vamos matar" - dito por jovens armados oprimidos pela sociedade de consumo capitalista neoliberal em movimento revolucionário sem ingresso.
GP BRASIL
Adolescentes fazem arrastão em Interlagos
DA REPORTAGEM LOCAL
Adolescentes armados fizeram ontem, por volta das 18h, um arrastão em frente ao autódromo de Interlagos (zona sul de São Paulo), palco do GP Brasil de Fórmula 1. Não havia policiamento no local, segundo as vítimas.No ano passado, durante o GP, também ocorreram arrastões.Desta vez, armados com revólveres e gritando "vamos matar, vamos matar", os garotos assaltaram motoristas e passageiros de pelo menos três veículos, afirma o webdesigner Thomás Antunes, 24.Eles tinha saído do portão G do autódromo, onde assistira aos treinos livres, e guiava pela avenida Interlagos um Honda Fit preto, onde estavam seus dois irmãos, de 24 e 34 anos, e um amigo."Achei que fosse morrer. Eram uns 15 garotos. Eles roubaram o motorista da frente no semáforo. Dei ré e outros cinco enfiaram o revólver pela fresta do vidro do meu carro."O grupo roubou quatro ingressos (R$ 720) para a corrida de amanhã e R$ 300. O carro não foi levado. A ação foi flagrada por um fotógrafo. "Não havia policiamento", disse Miguel Giudicissi, 24.

segunda-feira, outubro 15, 2007

Assim como um politico acreano "vale mais" que um paulista...
E o quadro atual do professorado necessita de um "pente fino".
Mas falta de tudo, inclusive interesse politico.
FDSP - 15/10/2007 - Professor de SP ganha 39% menos que do AC

Ranking dos salários de docentes da rede estadual em início de carreira traz SP, que tem o maior Orçamento entre os Estados, em 8º lugar. Se for levado em conta o custo de vida, a diferença entre São Paulo e Acre, que lidera a lista de melhores salários, aumenta para 60%
Os professores em início de carreira da rede estadual paulista recebem salário 39% menor do que os do Acre. Enquanto um docente com formação superior e piso inicial de São Paulo ganha R$ 8,05 por hora (o valor é de R$ 6,09 conforme último concurso), o colega acreano recebe R$ 13,16. Se levado em conta que o custo de vida lá é menor, a diferença aumenta para 60%. O ranking dos salários do país mostra que o Acre lidera a lista dos Estados que pagam melhor seus professores em início de carreira, seguido por Roraima, Tocantins, Alagoas e Mato Grosso. São Paulo vem em oitavo lugar, apesar de ter o maior Orçamento do país (vale lembrar que o dinheiro de SP é rateado pelo Brasil). Pernambuco tem o pior salário. A remuneração acreana, porém, ainda não é a ideal para especialistas. "O baixo salário dos docentes é uma questão histórica no país. Basta ver o de outros países da América Latina, como Chile e Argentina, que são maiores", afirma Célio da Cunha, assessor especial da Unesco no Brasil. Para ele, o salário baixo é uma das explicações para a má qualidade do ensino. "Um salário justo motiva os professores. "O salário um pouco melhor no Acre começa a dar resultado. Prova disso pode ser a análise do Saeb (exame do MEC que avalia estudantes), divulgada em fevereiro. Na comparação entre 2003 e 2005, o Acre foi onde as médias dos alunos de 4ª série mais evoluíram. Em português, houve aumento de 13,8 pontos (de 156,2 para 170). Já São Paulo melhorou 1,1 ponto (de 176,8 para 177,9). "Um docente bem pago trabalha melhor, sem dúvida", diz a professora da Faculdade de Educação da USP Lisandre Maria Castello Branco. Para ela, os governos continuam mais preocupados em melhorar a estrutura das escolas do que em investir no docente. No Acre, os professores se organizaram para pressionar o governo, que criou um plano de carreira. "Houve também uma reorganização que tirou docentes de funções burocráticas e os colocou na sala de aula, permitindo melhor uso dos recursos", diz Mark Clark Assem de Carvalho, da Universidade Federal do Acre. A maioria é formada no Estado e não há falta de docentes. Mas eles reclamam de salas lotadas. Em São Paulo, a situação se agrava se levado em conta o custo de vida. Um professor que trabalha 120 horas por mês (30 por semana) tem salário de R$ 966 (salário de ensino fundamental ou médio) e consegue comprar 4,9 cestas básicas. Já o do Acre recebe R$ 1.580 e compra 12,6. Ou seja, a diferença do salário/ poder de compra chega a 60%.Para comparação, a reportagem considerou a cesta básica de setembro. A paulista tinha 13 itens e custava R$ 194,34. A do Acre -com um item a mais, a carne de frango-, R$ 124,47. A secretária de Educação da gestão José Serra (PSDB), Maria Helena Guimarães de Castro, não deu entrevista sobre o assunto. Sua assessoria pediu que fosse procurada a Secretaria de Gestão, responsável pelos salários dos docentes. Esta também não se pronunciou. A única explicação dada pela Educação foi a de que, em São Paulo, os professores já iniciam a carreira recebendo gratificações. Mas no Acre, assim como em boa parte dos Estados, também é assim. Para calcular os salários por Estado, nenhuma gratificação foi contabilizada, pois a maioria pode ser cancelada e não é incorporada no cálculo da aposentadoria. O levantamento considerou o piso inicial de um professor estadual com licenciatura plena (ensino superior). Conforme a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), 25% dos docentes do país estão em início de carreira. Em São Paulo, segundo a secretaria, são 26%. Os salários foram fornecidos pela CNTE, e a reportagem procurou todos os Estados para checar as informações. Dezessete retornaram o contato. Quatro tinham dados diferentes (BA, PE, PR e SP), que foram corrigidos para o cálculo.

quarta-feira, outubro 10, 2007

Mais uma do governo Lula.

Ponto fraco
Brasil bate recorde mundial em ações contra jornalistas
por Lilian Matsuura

A liberdade de expressão parece não estar entre os pontos fortes da democracia brasileira. Existe uma ação de indenização por danos morais para cada jornalista que trabalha nos cinco principais grupos de comunicação do país (Folha, Globo, Estado de São Paulo, Editora Três e Abril). “Esse é um recorde mundial”, segundo a ONG Article 19, organização de defesa da liberdade de expressão fundada na Inglaterra e com escritório no Brasil desde o ano passado.
Leiam a integra aqui.

Mais uma farsa de Lula, até quando?.

Editoriais - FDSP - 10/10/2007

A farsa antiprivatista

HÁ CERCA de um ano, em pleno segundo turno da disputa presidencial, a campanha petista se preocupava em eximir-se de quaisquer intenções privatistas. Lançava toda a carga dessas políticas contra a chapa de Geraldo Alckmin. A estratégia eleitoral deu certo, mas escondeu a verdade. Ontem a segunda gestão Luiz Inácio Lula da Silva privatizou 2.600 km de rodovias federais. Concedeu a empresas o direito de explorar 36 postos de pedágio em vias importantes como a Fernão Dias (que conecta São Paulo a Belo Horizonte) e a Régis Bittencourt (São Paulo-Curitiba). Em troca, os vencedores do leilão terão de realizar nos próximos 25 anos, o prazo das concessões, investimentos estimados em R$ 20 bilhões. Entram na conta gastos com instalação e manutenção de asfalto e de dispositivos de segurança, bem como melhorias como a duplicação de alguns trechos e a construção de trevos e passarelas. Deixadas ao poder público, tais tarefas não seriam realizadas. Importantes artérias viárias do país continuariam entregues à deterioração e à insegurança. Os sete trechos leiloados na Bovespa receberam de janeiro a agosto R$ 10 mil do governo federal. A privatização de rodovias de grande fluxo parte de um princípio de justiça: o usuário, e não o conjunto dos contribuintes, é quem custeia a manutenção e as melhorias. O sucesso do modelo é incontestável. Na sua mais recente pesquisa sobre a malha viária nacional, a Confederação Nacional dos Transportes considerou "totalmente perfeito" o pavimento de 86% das estradas privatizadas, contra 46% no caso das geridas pelo Estado. Se o governo Lula acabou praticando a privatização que condenou na campanha, é fato que a resistência ideológica do petismo nostálgico conseguiu retardar o processo de concessões à iniciativa privada no país.Estradas como a Fernão Dias e a Régis Bittencourt deveriam ter sido privatizadas há muitos anos. Sob leilão, neste momento, deveriam estar os principais portos e aeroportos do país.

sábado, outubro 06, 2007

Isso Lula faz.

FDSP-06/10/2007
Seis impostos foram elevados na gestão Lula
GUSTAVO PATUDA
SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pelo menos seis impostos e contribuições federais tiveram sua carga elevada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva, incluindo os dois que incidem diretamente sobre os salários - o Imposto de Renda das pessoas físicas e a contribuição previdenciária. Os demais tributos elevados são do tipo indireto, ou seja, acabam embutidos nos preços dos bens e serviços. Tais tributos também afetam, nas palavras de Lula, "quem vive de salário" - e são mais onerosos para os pobres do que para os ricos. Nem sempre os aumentos de tributos são explicitados na forma de alíquotas mais altas. Uma instrução normativa da Receita Federal, por exemplo, pode estabelecer nova interpretação da lei e ampliar o alcance do imposto. Parte da escalada da arrecadação nos últimos anos se deve a medidas que passaram quase despercebidas. É o caso da elevação do teto para os benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que, com a reforma da Previdência do primeiro mandato, passou de de R$ 1.869 para R$ 2.400 em janeiro de 2004. Não se tratou apenas de uma vantagem aos aposentados do futuro: aos assalariados do presente, as contribuições previdenciárias passaram a incidir sobre valores mais altos. A mesma reforma criou a contribuição previdenciária dos servidores públicos inativos, combatida pelo PT nos tempos de oposição. Já a maior tributação pelo IR das pessoas físicas se tornou notória desde o governo Fernando Henrique - quando o arrocho foi maior. Basta que o governo mantenha intocada a tabela de cálculo do imposto, ou aplique um índice de correção inferior à inflação, e uma parcela maior da renda do contribuinte vai para os cofres do Tesouro. O IR é progressivo, ou seja, quanto maior a renda, maior a alíquota do imposto. Com a tabela congelada, o que se manteve até 2004, qualquer aumento de salário ou de lucro, mesmo inferior à variação dos preços, significará uma carga tributária mais alta. As centrais sindicais impuseram correções da tabela a partir de 2005, mas não foi o suficiente para compensar a inflação acumulada. Juntos, IR e contribuição previdenciária tiveram sua arrecadação elevada de 10,28%, em 2002, para 11,21% do PIB (Produto Interno Bruto), quase a metade da carga federal e um terço da carga total, de 34,23% em 2006, recorde histórico. Obviamente, os ganhos não decorreram apenas dos aumentos promovidos por Lula. Mas também é enganosa a retórica oficial que atribui todos os resultados ao crescimento da renda e do emprego com carteira assinada. O aumento mais explícito de um tributo no período foi o da Cofins, uma das contribuições destinadas a financiar a área social. Atendendo a uma determinação legal herdada dos anos FHC, o governo alterou a sistemática de cobrança da Cofins e adotou uma alíquota que, em vez de manter a receita como prometido, elevou-a. Na única alteração palpável produzida pela fracassada reforma tributária de 2003, PIS e Cofins também passaram a incidir sobre produtos importados. A opção por elevar contribuições sociais, o que também incluiu a CSLL, não é por acaso: a receita delas não precisa ser compartilhada com Estados e municípios, ao contrário do que ocorre com os impostos.

terça-feira, outubro 02, 2007


Golpe do celular, cuidado!.