Carl Sagan em seu livro "Mundo assombrado pelos demônios", relata algo que pode ser a explicação pelo non sense do eleitor brasileiro frente a corrupção:
"Se somos enganados por tempo suficiente, tendemos a rejeitar qualquer evidência de nosso engano. Não temos mais interesse em descobrir a verdade. O engano nos dominou. É demasiado doloroso admitir, mesmo para nós mesmos, que fomos capturados. Uma vez que você dá poder sobre você mesmo a um charlatão, é quase impossível recuperá-lo."
Leitor da folha no dia de hoje:"Lula diz que a elite brasileira não o deixa governar e não o quer. Diante do resultado da eleição de domingo, que mostra que haverá segundo turno para presidente, conclui-se que, no Brasil, a elite corresponde a mais de 50% do eleitorado. O Brasil deve ser o único país do mundo que tem uma elite tão grande."
V. J. G. (São Paulo, SP)
Matou a pau!
1 Comments:
Enviei o comentário abaixo para um dos posts do blog do Reinaldo Azevedo em 02/10. Poucos leram. Não está muito elaborado nem muito bem escrito. Mas acho que tem algumas idéias aproveitáveis. Talvez alguém da equipe do Alckmin se interesse. Fiz alguns acertos para melhorar a clareza.
"Realmente o Geraldo tem que se municiar bem para as comparações entre as realizações da era FHC e Lula. Cabem alguns comentários:
1) a própria idéia de comparar os dois governos já embute uma armadilha: os cenários econômicos mundiais eram/ são totalmente diferentes. É como comparar os resultados de uma colheita de milho durante um período de seca, com uma colheita durante um período de condições climáticas favoráveis. Ou, para dar outro exemplo, comparar as mortes por AIDS antes de 1984 (a doença não tinha aparecido) com os períodos seguintes (quando ceifou a vida de milhares de pessoas). E ainda: comparar as mortes causadas por atos terroristas antes e depois do surgimento da Al Quaeda. Isto significa que as premissas da comparação têm que ser claramente estabelecidas de início, sob o risco de tornar a comparação inválida.
2) O 2º. turno está sendo disputado por Lula e Geraldo Alckmin e seus respectivos programas de governo e não por Lula (2003-2006) e FHC (1995-2002). Sendo assim, a capacidade de gerar transformações dos pretendentes à presidência tem que ser avaliada em função das realizações alcançadas por um e outro nos seus respectivos governos (Lula como presidente entre 2003-2006 e Alckmin como governador 2003-2006). E mesmo assim com os necessários ajustes de cenário econômico e âmbito de atuação.
3) Alckmin tem que estar preparado para os disparos de Lula quanto a tudo que o PT considera ruim nos governos FHC + Alckmin (engavetamento de processos, PCC, apagão, etc) e tudo que Lula considera bom no “melhor governo que este pais já teve” (absolutamente tudo, pois o que não foi feito está sendo feito, segundo ele).
Aqui, como ponto de partida, Alckmin deve fazer um dever de casa pesado, relacionando todos os prós e contras atribuídos/ atribuíveis a Lula, Alckmin e FHC (tanto na visão do PSDB como do PT). Com base nessa lista, estratégias e argumentos de ataque e defesa devem ser minuciosamente preparados, para que ele tenha na ponta da língua, sem vacilar, as perguntas e respostas mais adequadas
4) Por último, é necessário desenvolver uma argumentação forte para ataques do tipo
“FHC causou o apagão”. Que o apagão foi um erro, todos sabem, inclusive FHC em sua famosa Carta aos Eleitores do PSDB de 07/09/06. Porém, quanto custou o apagão ao país? Que eu saiba não houve quantificação. Apontando o canhão para o outro lado e fazendo o PT de alvo, cabe a lançar a questão das filas do velhinhos para se recadastrarem no INSS, um procedimento infame criado pelo companheiro Berzoini. Que este tipo de recadastramento tambem foi um erro, ninguém discute. Quanto custou ao país a humilhação e algumas mortes de velhinhos na filas? Alguém é capaz de dizer?"
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